Entrega-se à força da vida
Imensurável gesto primeiro
Do amor dos astros com a água
Substância que se encaixa
Na forma de outra substância
Entrega-se à vida, luta do cosmos
Em consonância com as rochas
E o solo, perfume e carícia
Singela dos ares em movimento
O inexaurível, o inominável
Aquilo que não pode ser tocado
O frágil resquício do invisível
O estático, o pálido, o palpável
Na dor de se vê um sopro fino.
A vida nunca foi um gesto plácido
Uma luz etérea...
Mas o tumulto e a entrega
Do divino e do espírito
À matéria feita de matéria.
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