sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mama

Verte do peito o sangue na boca
Derruba neste momento
Todas as teorias e lamentações
Somos uma só agora
Transbordadas de poesia

Este alimento é de graça
É puro, ninguém pode roubá-lo
Ninguém pode destruí-lo
ele é só seu, filha

bebe o seu leitinho quente
passa a mão no teu peitinho
que é também teu travesseiro
seu naninha
sua segurança

onde tu tens a paz
a paz verdadeira
a paz mundial
onde tu dormes tranqüila
e nada e ninguém
te pertuba

quando cresceres, filha
for mulher e sofrer
a dor de ser mulher
e chorar, podes vir filha
Podes vir no regaço de tua mãe
Podes deitar nestes velhos braços
Cansados e encostar tua cabeça
Em meu peito,
Onde por tantas vezes
Tu te alimentaste e dormiste
Quando criança.
E tudo será pequeno
Perto deste abraço.

Um comentário:

  1. Que lindo! Amei, vou salvar essa poesia no meu computador e trabalhar com meus alunos esse ano!
    Beijão.

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