sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Recortei o passado
esmiucei em pedaços
para ver onde eu morri
tantas vezes me perdi
nos vazios do esquecimento
e quando me recomponho
descubro os fragmentos
das dores que eu vivi

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Music of death



I sing love me
hurt one love, suffered
like a distant cloud
never comes into rain

I sing a love so far
that tears me with your road
an endless road
where my footsteps will not

I sing a sad love
so full of pain
of agony, a love
that kills and enslaves

This love playing me
the fifth floor
everyday ...

Cursed love
Which brings me to suicide
and then resurrects me
only to crucify me
a little more in life!

It seems that the word
curse and curse
are together with
word love.
inefable mundo de la noche
vacante en los laberintos del ser
lleno de sombra y de muerte
inmensidad inimaginable
que explota en el horizonte

Canto de morte






Eu canto o amor  em mim
um amor doído, sofrido
como uma nuvem distante
nunca chega em chuva

Eu canto um amor tão longe
que me dilacera com sua estrada
uma estrada infinita
em que meus passos não vão

Eu canto um amor triste
tão cheio de dor
de agonia, um amor
que mata e se escraviza

Esse amor que me joga
do quinto andar
todos os dias...

Maldito amor
que me leva ao suicídio
e depois me ressuscita
só para me crucificar
um pouco mais na vida!

Parece que a palavra
maldição e amaldiçoar
estão juntas com a
palavra amor.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Sementes e folhas

A mãe e a menina catam sementes
sementes de flamboyant
catam sementes e o amanhã

a mãe e a menina vão juntas
plantar flores nos vasos
plantar flores e ternura

a mãe e a menina de tarde
correm atrás das folhas
das folhas das árvores

que caem tristes ao vento
no chão de terra e cimento
a mãe e a menina sabem

como derreter o tempo
como inventar asas
como costurar a dor.



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Crianças

o Skate mágico

A menina skatista
de rodas no skate
e asas na vida

Faz um olho
dança em cima
um só corpo

o skate e ella,
o skate na pista
e ela na vida

não há janelas
apenas avenidas
sem esquinas

o skate de asas
as asas no skate
e a menina voa

como se não
existisse o sempre
somente o nada

O nada e o sempre
e a vida inteira


   presente de fadas.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Existe em toda mãe
uma angústia triste
uma dor permanente
que se estende do parto
até seu seio vivo

uma dor cheia de medo
mas também terna e boa
que desata o desespero
para fundar o eterno,
o amor para seu filho.

Chorar não surpreende
sorrir é um verbo simples
o seio é pouso certo
para todos nós viajantes
desse mundo fútil.

O amor de toda mãe
não deixa de ser chiste,
enquanto a sua cruel dor
um cálice vazio
que se despedaça inteiro

O mundo fútil do início
ao começo, e nós filhos
viajantes deste caminho
onde voltar e repousar
no peito da mãe é belo.