Eu queria entender a cabeça
de um latinfundiário,
seu cérebro reduzido
seu corpo atrofiado.
Eu queria entender o olhar
de um latinfundiário,
sem nenhuma espécie de brilho
seu jeito mecanizado.
Eu queria entender melhor
o latinfundiário,
sua falta de princípios,
suas ideias de mentecapto.
O latinfundiario é um energumeno
tem a fome de um arrenegado,
veste o luto, não tem sonhos,
descarado, vagabundo, alienado.
Se acha sábio, o latifúndio
mas é o que há de mais atrasado,
colonizador, capitanias,
feudalismo nesta terra agigantado.
O latifúndio não tem fundo
não tem limites, é autocentrado,
não alimenta, não mata a fome
só engole tudo que é mato.
O seu sinônimo é deserto
deserto cana, deserto pasto,
eu queria entender
a cabeça de um latinfundiário
A sua ânsia de grana,
o seu desejo de desgraçado,
Midas da morte, ele não sabe
que é apenas um retardado.
Não tem alma, não tem vida
não tem espírito, é desalmado,
o latinfundiário não se entende,
oco e vazio, ele é desarrazoado
Desmiolado, disparatado.
O latinfúndio é o lado
mais perverso e trágico,
o cu cru do mundo.
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