sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Da Vida
terça-feira, 30 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
Ocaso
As aves
do fim de tarde
testemunhas
inefáveis
do amor
e da solidão.
Os
pássaros assobiavam
a
despedida não anunciada.
Mãos
não encontradas
Traços
que perdem seus
contornos e sua luz.
Estrelas
de uma noite
onde-se
fixou os trilhos
em que corríamos
nus
sem nos
enxergar nus.
um
tempo sem tempo
sopro
de um sonho
que
vinha e roçava
nosso
rosto azul.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Antiga
domingo, 24 de agosto de 2014
Prenúncio
Prenuncia a morte
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Nosso porta retrato
sexta-feira, 21 de março de 2014
Écriture
As mãos que escrevem
são parte de uma grande forma
que desaparece
por alguns instantes.
As mãos que escrevem
escondem quem as move
mas também o traz
constantemente.
Quando eu escrevo
não, não sou eu que escrevo
são as minhas mãos
guiadas por um louco pensamento
porque não sei se é meu.
Sei que as minhas mãos
movimentam, criam
se libertam do apêndice
que se torna o meu corpo.
Mas elas também são o meu corpo!
e o trazem em um grande jogo
de aparecer e desaparecer.
Grande texto performático
que se realiza no silêncio
escrita de um ser fragmentado
que se realiza em pedaços.
O texto que faz um teatro
a si mesmo.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Simultaneidade
fala do ser do mundo
da subjetividade, de Deus...
A aluna escreve
a lista de compras
para Deus existir
materialmente no dia a dia
Enquanto ele pensa
sobre todas as coisas
que se pode pensar
que se pensam
que pensam
o corpo come
o corpo tem fome
sede, sono, frio
o pensamento
dentro do corpo
tem fome, sede
sono e frio...
O professor parece
um ser sem corpo
e a aluna
pluraliza a metafísica.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Árvore dos Sonhos
Árvore dos Sonhos
Árvore dos Sonhos
teu nome é solidão,
ramos e raizes
espalham pelo chão
Árvore dos sonhos
horizonte sem pudor,
entre céus e campos
cura a antiga dor.
Funda-se a paisagem
sombra, som e cor
com a sua miragem,
real imagem da ilusão.
Árvore dos sonhos
busquei-a de dia,
o vento a ti me guia
com um leve sono.
Desperto e te vejo
aroma da melancolia,
árvore do desejo
encaro a tua colina.
Abraço-te mais perto
árvore da vida,
profunda e deserta,
sonhos são neblinas
Na manhã incerta.
Na hora vivida
evaporam os amores,
vão-se todas as saídas.
Árvore dos sonhos,
cantei-te em êxtase
de muito tempo
e em comunhão.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Maldita Cana!
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Siblings
We leave of walking Discalced
On the red earth
We cease to to blow flowers
Whites pompons in the field.
We cease to give name
To the trees and sing to them
Talk to them,
Give our infancy
For them to carry us
Up to the bluest sky in the world.
We leave from running
With open arms
Embracing the Wind
seeking leaves
Chlorophyll and paper
Laughing at of happiness
silly thing
That adults want
And seek.
Do not have asked us
A where she was
Least because we never imagine
On it.
Today, already erased
Your footprints
Have already been born other flowers
But no one bloweth
Fall leaves in the bush
And are there intact
Up to they rot,
The wind vanishes
Why has no one
And the trees?
Dries up little by little
Of loneliness. By dying
It are told that
How belong together.
Now
We seek to
And we think
Happiness.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Irmãos
Na terra vermelha,
Deixamos de assoprar as flores
Pompons brancos no campo.
Deixamos de dar nome
Às árvores e cantar para elas,
Conversar com elas,
Dar nossa infância
Para que nos carregassem
Até o céu mais azul do mundo.
Deixamos de correr
Com os braços abertos
Abraçando o vento
Buscando folhas
De clorofila e de papel
Rindo da felicidade
Coisa boba
Que os adultos querem
E procuram.
Não nos perguntaram
A onde ela estava
Até porque nunca pensamos
Nisto.
Hoje, já se apagaram
As nossas pegadas,
Já nasceram outras flores
Mas ninguém as assopra
Cai as folhas no mato
E ficam lá intactas
Até apodrecerem,
O vento se dissipa
Porque não tem ninguém
E as árvores?
Secam-se pouco a pouco
De solidão. Morrendo
É que nos dizem
O quanto nos pertencemos.
Agora,
Procuramos
E pensamos
Na felicidade.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Meu canto do exílio
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Music of death
I sing love me
hurt one love, suffered
like a distant cloud
never comes into rain
I sing a love so far
that tears me with your road
an endless road
where my footsteps will not
I sing a sad love
so full of pain
of agony, a love
that kills and enslaves
This love playing me
the fifth floor
everyday ...
Cursed love
Which brings me to suicide
and then resurrects me
only to crucify me
a little more in life!
It seems that the word
curse and curse
are together with
word love.
Canto de morte
Eu canto o amor em mim
um amor doído, sofrido
como uma nuvem distante
nunca chega em chuva
Eu canto um amor tão longe
que me dilacera com sua estrada
uma estrada infinita
em que meus passos não vão
Eu canto um amor triste
tão cheio de dor
de agonia, um amor
que mata e se escraviza
Esse amor que me joga
do quinto andar
todos os dias...
Maldito amor
que me leva ao suicídio
e depois me ressuscita
só para me crucificar
um pouco mais na vida!
Parece que a palavra
maldição e amaldiçoar
estão juntas com a
palavra amor.