Eu preciso me desapegar de você
agora
Não serei Penélope a tecer longas noites
nem Sherazarde a costurar retalhos de histórias
nem Inês, a chorar no cais
por uma vida inteira
Eu preciso me despojar de você,
Imediatamente
Deixá-lo apenas um nome
que ao lembrá-lo,
permaneça um nome.
E que a saudade se torne
um passado água
neste presente santo.
Eu me desapego e me despojo
de todo adeus que você criou
de todo vazio que você inventou
ou do tempo, capturado em seus dedos
Devolva os meus gestos
a minha sombra em meus cabelos,
o meu olhar no infinito!
Não remendarei os meus sonhos
nem os deixarei partir em seu barco
nem serem desfigurados em seus panos
Eu vivo...
Simples e permanente.
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