segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A face do infinito


Subvenção de US$ 500 mil dos bispos EUA para implementar a Laudato Si -  Vatican News



O meu rosto não é bonito
Ele tem as marcas do vazio,
Das dores impressas nos anos
Rasgos no silêncio da pele.

O meu rosto não é bonito
Veste nele o desengano,
Um adeus que não escorri,
Em suaves desencantos.

O meu rosto, eu o vejo
Feito de cicatrizes e fins,
E na fronte, uma lágrima
Pedra que fura o espelho.

Ele carrega todas as marcas
do seu pequeno despeito,
corrói meus olhos de dentro
entrega-se nós nas pálpebras

O meu rosto não é bonito
Ele não tem olhos azuis,
Tem o seu último beijo
Que eu não pude sentir.

O meu rosto não é bonito
Ele tem as marcas da fome
Que um dia, no vento, engoli,
Papel das sombras e, do tempo.






Um comentário: