Meus sonhos são cruéis
porque neles, você sempre
volta.
Há ternura perdida no caminho
e o teu abraço me consola
O seu carinho ficou lá
no canto do sonho
e no canto do olho.
Não quero sair mais deste
canto,
para não me derramar
por entre as paredes
E escorrer como água da chuva
pelas ruas.
Seu abraço se dissipa
como poeira entre nuvens.
Teu rosto se venta
e eu sorrio no nosso
reencontro.
Sobrou na manhã
a aspereza do dia
a frescura do tempo
e da saudade, estreita
ventania
Entre o sono e a vígilia
há os meus olhos.
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