Destino
Caminha-se pela boca dos banidos
Os passos já foram recortados
Os beijos, a lua, os antigos
Caem nos trilhos como dor.
Espera-se um perfume malogrado
Disfarçando o olhar e o abismo,
Atinge-se o profundo acaso
Enquanto desviam-se os sentidos.
Estamos todos machucados
Caídos nas ruas em pedaços
E da vida somos os mendigos.
Fracos no amor e nos vícios
Somos humanos e desgraçados,
Pedimos piedade ao destino.
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