terça-feira, 23 de julho de 2019

Consumismo



Chega a ser criminoso
Amar em uma sociedade
De consumo.

Onde os corpos são números,
Onde as vidas são descartáveis
E pessoas são tratadas como
Objetos, listas e lixo.

É proibido se entregar de alma
Quando quanto mais é lucro,
O dia de hoje é o que interessa
E a conquista, um prêmio.

Quem será o próximo da fila?
Pessoas iguais às coisas
As coisas são para o uso,
As peles todas trocáveis
Ficou velha, pega uma nova.

O importante é machucar
Para não sair machucado.

A satisfação é a glória
O gozo deve ser permanente,
Românticos e poetas
São ridículos e dementes,
Não conseguem viver
Sem criar uma história?

Satisfeito,
O corpo quer outro encontro
Para abolir de imediato;
As palpitações cardíacas,
As tremedeiras nas mãos,
O coro no rosto
Com medo da vergonha do não.

Deixa o humano cru e perdido,
Sem o amor,
Ele de si mesmo se esconde
E se torna mais uma engrenagem
do selvagem Capitalismo.

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