quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Distopia

Em tempos de crise
chorei em teu ombro,
perdi os meus caminhos
desfeitos em névoas.

Foram tantos vazios
em tempos de crise,
um passo ferido
o desvio e a trégua.

Quisera o teu rosto
ninar meus suspiros,
em tempos de crise
choramos baixinho.

Deitei em teu ombro
esperamos a chuva,
em tempos de crise
reguemos as plantas.

Os olhares e a lama
diz quanto morremos
nus nas estradas
em tempos de crise.

Sobrou os escombros,
salvei-me em teu colo,
a porta e as lágrimas
escondiam o teu rosto.

Em tempos de crise,
despi dos meus sonhos.



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